É triste que, mesmo hoje, na segunda década do século XXI, ainda existam brasileiros que vêem a Contabilidade como sinônimo de burocracia e papelada. Apesar de termos sido uma das profissões que mais se desenvolveram nos últimos anos, uma grande parte da nossa sociedade ainda percebe os contabilistas como “obrigações acessórias ambulantes”, responsáveis única e exclusivamente pelo recolhimento de guias e preenchimento de declarações.
Obviamente, a preocupação com o atendimento à legislação fiscal e tributária é uma função importante e que ocupa boa parte do nosso tempo, mas seria no mínimo leviano dizer que a função do profissional da contabilidade se restringe a isso.
Apesar de ser contra a legislação comercial e as normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC),que prevêem contabilidade completa para todos os tipos de entidades, ainda é comum encontrarmos empresas optantes pelo Simples Nacional que nunca elaboraram sequer um Balanço Patrimonial ou uma Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) .
Vivemos em um período de grandes transformações para a nossa profissão, com o processo de harmonização das normas contábeis locais para os padrões internacionais (tanto na área privada quanto no setor público), com a implantação do SPED, e-Social e outras novidades que colocaram a contabilidade em evidência no mercado.
Esses acontecimentos, aliados ao cenário econômico frágil que o Brasil tem apresentado recentemente nos dá oportunidade de contribuir ainda mais para que as nossas empresas vençam as dificuldades e prosperem.
Devemos aproveitar esse momento para mostrar nosso valor à sociedade, sair do casulo e mostrar ao Brasil como podemos contribuir para o desenvolvimento de nossas organizações e para o avanço da nossa economia. O nosso país precisa de bons profissionais da contabilidade e é nosso dever suprir essa demanda.
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